sábado, 5 de maio de 2007

Pletnev, o Monopolista

É mais do que desconfortável ter que estar sentado num mau concerto.
Apetece deitarmo-nos na relva, fumar, conservar a rir, ou até dar aquele peido ruidoso!
"Nunca, mas nunca mais vou repetir a experiência com este pianista!" (sic, in loco...)
Isto acontece muito com Pletnev... Pensei eu, e já também ouvi dizer.

Vezes demais!

Sei que corremos o risco (todos os que partilham desta opinião) de que um funcionário dos serviços secretos das Grandes Estepes insira uma agulha no braço, sem se apresentar nem mostrar distintivo, com um químico atordoante... Mas a verdade verdadinha é que apenas raras vezes me apetecerá ir a um recital do Mr. P., pois, dependendo das tendências artístico-sexuais de cada um, a mim não me dá apetite "ouver" (obrigado, José Duarte! Bem-haja!) masturbação em palco. E pagar por isso!

MARGULIS, Vitaly, Bagatelas op. 7, Edições Quasi, trad. Sofia Lourenço

Dividido por temas, estas reflexões/máximas tornam essa vastidão pianística menos árida.
LEIAM!!!

sábado, 17 de fevereiro de 2007

The Technique of Piano Playing

GÁT, Joszef, The Technique of Piano Playing, ?????????????

"Obra excelente e completa, com diversos capítulos relativos à história do instrumento, repertório, problemas técnicos e sua resolução, bem como demonstração de passagens através da análise de frames detalhadas de interpretações de p. ex. Sviatoslav Richter. Inclui no final uma secção dedicada a exercícios de aquecimento e desenvolvimento técnico fora do piano"

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

CHACHADA

A indústria da música clássica encontrou finalmente um frenesim à altura da época actual!

O que vende é o prodígio, os meninos e meninas acabadinhos de sair dos concursos internacionais de peso, sem maturidade artística, sem vida própria, sem nada para dizer... Verdadeiras ovelhinhas!

Os cursos de aperfeiçoamento são outra balela, onde o que importa mais são as primeiras impressões, umas dicas aqui e ali, umas anedotas de vez em quando... Não é a maneira melhor de passar as grandes tradições da escola A, B ou C...

Por isso, hoje tudo soa igual, ou de tão diferente e alternativo (quase com o simbolozinho de copyright desta ou daquela interpretação...) é tudo igual na mesma...

Os próprios alunos dos conservatórios sabem quem fazia esta ou aquela nota assim ou assado, sem se perguntarem porquê... Dá trabalho, gasta muitos nutrientes ao cérebro, mas é assim que se lá chega, conhecimento total e profundo.

Não é a decorar interpretações e imitá-las, misturá-las, escolher dentre cópias, suas ovelhas ranhosas!

SVIATOSLAV RICHTER

De uma força interpretativa implacável, transmitiu-nos com toda a doçura de um avôzinho no seu recital memorável no CCB o o fogo sagrado de alguma Verdade Absoluta tão difícil de encontrar onde e em quem quer que seja. Cada vez mais difícil.

ARTURO BENNEDETTI-MICHELANGELI

Talvez o maior pianista de todos os tempos (Alfred Cortot: ..."a reencarnação de Liszt"...):

Dominou virtualmente todo o repertório do instrumento, embora apresentasse apenas uma ínfima parte em público da sua Arte.

Orientou (?) cursos patrocinados por si, escolhendo e convidando alunos como Maurizio Pollini, Martha Argerich, Bernd Goetzcke, etc, etc...

A sua imagem e som podem dar uma impressão de arrogância, típica na nobreza.

Mas, se Michelangeli não será o monarca inalcançável para todas as ovelhinhas que somos na paisagem musical, quem será?...

BEM-VINDOS!

De e para quem trabalha o som a preto-e-branco

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